Loja Mágica e Ilusão

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os Valetes de Markan

O LANÇAMENTO MÁGICO MAIS ESPERADO DA DÉCADA!



O Estúdio 22 já realizou inúmeros shows e conferências com alguns dos maiores mestres da Mágica.(*) E agora se orgulha de participar, juntamente com Elaine Camasmie, do lançamento Mágico mais esperado da década: OS VALETES DE MARKAN.

OS VALETES são sem dúvida os mais importantes livros na formação da mágica com cartas, realizada no Brasil nos últimos anos, pela qualidade do texto e pela variedade dos números.



Um mágico brasileiro que tenha hoje 30 anos, mesmo que não o saiba, tem a grande probabilidade de ter sido influenciado por eles. Pois quando Markan produziu as primeiras edições d’OS VALETES, há mais de dez anos, vários dos nossos mágicos hoje atuantes ainda engatinhavam: muitos deles começaram pel’O CAMINHO DA MÁGICA COM CARTAS DE JOGAR.

Use esta ferramenta como auxiliar na formação dos mágicos dos próximos anos!
Aproveitem e adquiram já seus exemplares a preços promocionais na loja Mágica e Ilusão em http://www.magicaeilusao.com.br/index.asp?idproduto=176438

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

História do baralho

História
Embora haja indícios de que os jogos de cartas teriam surgido na China juntamente com o papel, há outros que apontam uma origem árabe. De qualquer modo, o baralho foi introduzido na Europa durante o século XIV. E a partir do século XV, o desenvolvimento dos processos de impressão e de fabricação de papel propiciou a popularização do baralho em vários países.

Em meados do século XV surgiu em Portugal um tipo de baralho, de que se desconhece a origem e cujo desenho passou a ser conhecido por baralho português. Este baralho difundiu-se pelo Oriente, levado pelos navios portugueses, sendo mais tarde imitado e adaptado à sua própria cultura, por japoneses, indonésios e indianos . O padrão português acabou por se extinguir em finais do séc. XIX, em detrimento do padrão francês, universalmente aceite na actualidade.

Apesar desta existência antiga, as cartas do baralho português só foram fabricadas em Portugal a partir de 1769, quando foi criada a Real Fábrica de Cartas de Jogar de Lisboa, anexa à Impressão Régia.

Há quem acredite que o baralho foi inventado pelo pintor francês Jacquemin Gringonneur, sob encomenda do rei Carlos VI de França. Gringonneur desenvolveu as cartas do jogo de forma que representassem as divisões sociais da França através de seus naipes, sendo copas o clero, espadas a nobreza, paus os camponeses e ouro a burguesia.

Mais tarde, atribuíram-se significados específicos às cartas com figuras, representando personalidades históricas e bíblicas. São elas:

Rei de Ouros - Júlio César, geralmente portando um machado que simboliza as legiões romanas;
Rei de Espadas - o rei israelita Davi;
Rei de Copas - o rei Carlos Magno;
Rei de Paus - Alexandre, o Grande;
Dama de Ouros - Raquel, esposa de Jacó;
Dama de Espadas - A deusa grega Atena;
Dama de Copas - Judite, personagem bíblica;
Dama de Paus - Elizabeth I de Inglaterra;
Valete de Ouros - Heitor, Príncipe de Tróia;
Valete de Espadas - Hogier, primo de Carlos Magno;
Valete de Copas - La Hire (Étienne de Vignolles), Comandante francês durante a Guerra dos Cem Anos que lutou com Joana D'Arc;
Valete de Paus - Sir Lancelot ou Judas Macabeu;
A carta que possui a frente com maior liberdade de criação é o curinga ou joker, que representaria os palhaços dos jograis realizados nos castelos medievais. Entretanto, há teorias que afirmam que o curinga seria na verdade uma invenção americana do século XIX, surgida de uma carta do tarô, o Louco, que não tem número do trunfo e cuja alegoria lembra um bobo da corte.
No Brasil, em 1918, a Copag iniciou a produção de baralhos pela técnica da litografia. Até então, produzia outros itens, como envelopes e blocos de papel. Por volta de 1930, passou a utilizar a impressão offset e assumiu a liderança na produção brasileira de baralhos.

No ano de 2010 uma revolução para os jogos de baralho foi criada: O Operation. Neste incrível jogo os participantes podem testar seus conhecimentos lógicos, matemáticos e físicos.


Componentes do baralho
A carta dos jogos de baralho é um rectângulo de papel grosso, cartolina, cartão ou plástico, com um lado estampado com diversas cores e símbolos (geralmente número e naipes) chamado de face e o outro estampado num padrão comum a todas as cartas de cada baralho de modo que se esconda o valor da face.

As cartas mais comuns, e para as quais existem jogos às centenas, são as que compõem um baralho de 52 cartas (ou baralho inglês), ao qual podem ser acrescentados uma ou duas cartas chamadas jokers ou, no Brasil, curingas, dividido em quatro naipes e numeradas, em cada naipe, de 2 a 10, ás, valete, dama e rei. Os jogos que utilizam este baralho podem usá-lo todo ou um subconjunto (o subconjunto mais comum é aquele que exclui o 8, 9 e 10 dos quatro naipes) ou então mais do que um baralho.

Tipos
Ver artigo principal: Baralho espanhol
Existe ainda um baralho composto por 40 cartas distribuídas em 4 naipes, numeradas de 1 a 7, e de 10 a 12, excluindo-se as cartas 8 e 9. Este baralho é chamado de "espanhol" e é usado para jogos tais como truco (também conhecido como Truco Cego, ou espanhol, ou argentino, ou uruguaio, ou Gaudério), bisca (ou bíscola), escova (ou escopa), dentre outros, comuns à regiões que têm influência espanhola.

Recentemente, surgiram novos jogos de cartas baseados numa filosofia diferente, entre os quais o primeiro grande êxito foi o Magic, the gathering. Trata-se de jogos complexos que utilizam um conjunto variável de cartas, que os jogadores devem coleccionar, cada uma das quais possui um conjunto de características que a distingue das demais e que são alteradas pela interacção com as outras cartas.

Referências
Needham, Joseph, 2004, Science & Civilisation in China, Cambridge University Press, volume =IV:1, ISBN 0-521-05802-3
Parlett, David. The Oxford Guide to Card Games. 1990. ISBN 0-19-214165-1.
An Introduction to a History of Woodcut, Arthur M. Hind, Houghton Mifflin Co. 1935 (in USA), reprinted Dover Publications, 1963 ISBN 0-486-20952-0
Prints and Printmaking, Antony Griffiths, British Museum Press (in UK),2nd edn, 1996 ISBN 0-7141-2608-X
Wilkinson, W. H., Chinese Origin of Playing Cards, The American Anthropologist, volume=VIII, 1895, pages=61–78[1]
Fonte: Wikipedia

sábado, 30 de outubro de 2010

Promoção Ball to Square

Olá a todos!
A loja Mágica e Ilusão está com uma promoção imperdível válida até o dia 03/11/2010.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fu Manchú - Biografia

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Na infância, época em que floresceu a minha paixão pela artes mágicas, de vez em quando ouvia minha mãe falar sobre um extraordinário mágico chamado Fu-Manchú. Ela assistiu o show do mágico no Rio de Janeiro, Brasil, e ficou muito impressionada. Falou tantas vezes sobre o ilusionista que seu nome ficou gravado em minha memória. Infelizmente, não tive a felicidade de vê-lo atuar mas, tudo o que foi registrado a seu respeito me leva a crer que foi um dos maiores ilusionistas de todos os tempos.

Fu-Manchú era David Tobias Bamberg. Nascido em Derby, na Inglaterra em 19 de fevereiro 1904, aprendeu os primeiros números mágicos ainda criança, mantendo-se atento aos exercícios e performances do pai, o grande ilusionista Okito (Theodore Bamberg). Em 9 de outubro de 1909, David fez sua primeira apresentação numa reunião da Society of American Magicians (SAM), em Nova Iorque, EUA, tendo contado com a assistência do Presidente da entidade, o consagrado Harry Houdini.

Na juventude adotou o nome artístico Syko. Aprendeu com maestria as sombras chinesas e conseguia projetar sombras dos mais variados animais e objetos com as mãos. Percorreu muitos países levando o nome de sua famosa família de mágicos, iniciada com o holandês Elias Bamberg (1760-1833).

Com apenas 13 anos de idade, David trabalhou com o grande mentalista dinamarquês Julius Zancig. Nos anos 20, viajou com as companhias de P.T.Selbit (Percy Thomas Tibbles) e do Grande Raymond (Maurice François Saunders). Ao transferir residência para Buenos Aires, Argentina, resolveu transformar-se no "chinês" Fu-Manchú, estreando no Teatro San Martin em 1º de março de 1929. O artista contou com a ajuda financeira de Walter Gaulke, um executivo da indústria cinematográfica, que acreditou em seu talento. Fu-Manchú teve grande êxito na Argentina. Na Europa e na África conquistou ótimas críticas. Sua estada no México foi ainda mais brilhante, onde tornou-se uma personalidade nacional. Nos EUA, o artista teve que se apresentar como Fu-Chan, pois o nome Fu-Manchú era registrado pelo escritor Sax Rohmer.

Os espetáculos de Fu-Manchú eram maravilhosos. As ilusões eram primorosas e os luxuosos cenários tinham fino acabamento. Os shows tinham títulos atraentes como Os Feitiços de Fu-Manchú. O saudoso mestre Dai Vernon dizia que o show de Fu-Manchú foi o mais bonito que havia visto.

Um de seus números mais conhecidos era chamado Bazar de Magia, uma paródia sobre El Bazar Yankee, uma antiga loja de artigos mágicos em Buenos Aires. Durante o ato, Fu-Manchú demonstrava rapidamente vários efeitos para um cliente, mas este nunca podia comprá-los. Muitos colegas de outros países, em passagem por Buenos Aires, participaram do número como artistas convidados.

Comentam que era muito interessante um número sob luz negra, em que os ossos de esqueletos luminoso se separavam flutuando pelo ar, para depois tornarem e se juntar. A ilusão da Mulher Atômica também era muito impressionante. Uma assistenta desaparecia do interior de uma enorme lanterna chinesa, suspensa sobre a platéia e, após o disparo de uma pistola, reaparecia em outra lanterna suspensa no palco.

Na década de 40, Fu-Manchú roteirizou e atuou em seis filmes mexicanos. Em alguns aparece fazendo mágicas. Em fevereiro de 1947, já aclamado como um extraordinário ilusionista, Fu-Manchú estreou o espetáculo Crazimagicana, que o tornou ainda mais célebre. Crazimagicana teve quase 3000 apresentações em Buenos Aires.

O mágico era seu próprio agente e manteve uma grande equipe de artistas. Até mesmo as músicas eram criadas especialmente para os seus shows.

O magistral ilusionista se aposentou em 19 de março de 1966, data em que fez seu último espetáculo em Buenos Aires. Abriu uma loja especializada em artes mágicas e criou a Sociedade Argentina de Mágicos, que contava com um completo teatro, construído no porão da loja. Pela sociedade passaram famosos artistas e através dela Fu-Manchú orientou numerosos iniciantes. Mesmo aposentado, o mágico continuava a chamar a atenção do povo e da mídia. Foi tema de três especiais para televisão. Sua exitosa carreira mágica o tornou lendário.

Fu-Manchú nos deixou em 19 de agosto de 1974, aos 70 anos de idade, encerrando com brilhantismo a encantadora tradição mágica da família holandesa Bamberg, que durou por seis gerações.

Referências:
oo The Illustrated History of Magic - Milbourne e Maurine Christopher - Heinemann, 1996;
oo Fu Manchú - David Goodsell - M-U-M (Volume 90 - n. 1 - June 2000);
oo Greater Magic - Richard Kaufman e Alan Greenberg - 1994;
oo Bazar de Magia (Argentina) - http://www.bazardemagia.com

Fonte: Boletim de Artes Mágicas, Nº 16, 2º Ano - Agosto de 2000.
Autor: Mahatma

domingo, 10 de outubro de 2010

Harry Houdini

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss, (Budapeste, 24 de Março de 1874 — Detroit, 31 de Outubro de 1926) foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da História.

Sua família emigrou para os Estados Unidos, quando Houdini tinha quatro anos, em 3 de julho de 1878, a bordo do navio SS Fresia. Teve uma infância muito pobre, o que o obrigou a trabalhar desde cedo. Foi perfurador de poços, fotógrafo, contorcionista, trapezista. Foi também ferreiro e nesse ofício ele aprendeu os truques que mais tarde o transformariam no maior mágico ilusionista do mundo.

Certa vez, seu chefe encarregou-lhe de abrir um par de algemas cuja chave um policial perdera. Após inúmeras tentativas usando serras, Houdini teve a idéia de pinçar a fechadura para abri-la. Ele conseguiu e a maneira como o fez serviu de base para abrir todas as algemas que empregava em seus truques.


Houdini e um elefante (1918)Desde então passou a se apresentar como mágico, fazendo números nos quais se libertava não só de algemas, mas também de correntes e cadeados, dentro de caixas, dentro de tanques fechados; dentro e fora d'água, de todo o jeito. Fez um sucesso enorme e ninguém até hoje conseguiu desvendar seus truques por completo, mesmo depois dele ter escrito boa parte dos segredos em livro.

Houdini tinha habilidades impressionantes. Era capaz, por exemplo, de ficar vários minutos dentro de água sem respirar. E foi numa destas demonstrações de suas habilidades - a "incrível resistência torácica" - que ele morreu. Após apresentar o número para uma platéia de estudantes em Montreal, no Canadá, enquanto ele ainda exibia o "super" tórax, um dos estudantes, boxeador amador, invadiu os bastidores e sem dar tempo para que Houdini preparasse os músculos, golpeou-lhe o abdômen com dois socos. Os violentos golpes romperam-lhe o apêndice, e quase uma semana depois ele morreu, num hospital de Detroit. Era o fim de Harry Houdini, considerado até hoje o maior mágico que já existiu.

Houdini também atuou como um desenganador, ou seja, desmascarando pessoas que alegavam possuir poderes sobrenaturais tais como médiuns.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A era do mágico mastigadinho

Reparem que fiz questão de escrever mágico, e não Mágico, pois para mim essa geração que vive baseada em aprender mágicas em You Tubes da vida com certeza não podem e deveriam ter vergonha em se dizer Mágicos.
Não vou destrinchar aqui a história da mágica, os grandes feitos do passado, Houdini, e David Copperfield, e etcs e tais, pois não é esse o foco do texto, mas usarei um pouco do passado para ilustrar conforme o texto a seguir.
Antigamente um Mágico renomado escolhia um discípulo, e o mesmo trabalhava árduamente com seu mestre por anos a fio aprendendo de pouco em pouco para um dia, depois de uma ou duas décadas de muito trabalho ter a chance de montar seu próprio show, e nisso estamos falando de Mágicos desde a idade média até meados dos anos 1900, onde a leitura sobre o assunto era escassa, e a informação era passada apenas na relação mestre-discípulo.
No século XX começaram as publicações voltadas aos Mágicos, através de boletins exclusivos para assinantes, dentre o qual tivemos a representação do famoso Boletim Mágico de J. Peixoto, mas isso não mudou quase em nada a relação mestre-discípulo.
Nos anos 60 até anos 80 os livros tornaram-se muito mais acessíveis aos bolsos e as lojas de mágica começaram a florescer em parques temáticos tais como a DisneyWorld e com isso uma nova geração de artistas foi-se formando usando a leitura e o treino árduo como incentivador para o aprimoramento pessoal na arte. E mesmo dessa forma um artista levaria anos se aperfeiçoando antes de dizer ao mundo que era um Mágico.
Após os anos 80 com o advento dos filmes VHS muitos de nós tivemos uma facilidade que era a chance de gravar a performance de nosso artista favorito, e assim treinar baseando-se nas rotinas apresentadas pelo mesmo, e depois ir em associações e melhorar a performance conversando com os velhos mestres. Ainda assim, mesmo com as facilidades das lojas de mágica, do VHS, o artista tinha que ralar muito, mas muito mesmo antes de considerar Mágico, e sair vendendo seus shows.
E hoje?
Pois é, hoje com a internetbanda larga ultra speed qualquer jovem sem muita coisa para fazer emula um video de mágica, e pronto... Já sai fazendo aquele truque ultra mega fodástico do celular na bexiga como se fosse o David Copperfield, mas ainda isso é o menos grave, pois muitos desses curiosos logo desistem de fuçar e voltam as suas atividades normais.
O pior é aquela pessoa que vive com a cara atolada na tela de seu computador assistindo tudo que o nosso querido You Tube tem de pior, ou seja, todos as pessoas ensinando truques para quem quiser ver em canais abertos de forma porca, portanto, Mr. M é apenas uma fichinha pertos dos Mr. You Tubes de hoje em dia que além de ensinarem mágicas interessantes, e matarem todo o trabalho de milhares de mestres do passado, ainda estão formando uma geração de pseudo mágicos preguiçosos que buscam conhecimento apenas em videos emulados, livros baixados, e you tubes da vida. resumindo a Mágica descendo a ladeira rumo ao Beleléu...
Bato palmas aos poucos que começaram via You Tube e procuraram o aperfeiçoamento em fóruns, depois em associações reais (Fujam um pouco do virtual), começaram a ler livros comprados, Dvds comprados originais, frequentaram conferências, grupos de estudos etc, pois esses são poucos casos, mas que ainda seguem um caminho saudável, mas o mais comum é o mágico (Com m minúsculo mesmo) que em nada se aperfeiçoa, busca apenas comprar os truques da moda, só chupinha as rotinas alheias em nada recriando, usa performances toscas que deixariam o Cigano Igor parecendo Marcelo Mastroianni perto delas, enfim mais um "profissional' vendendo seus shows á televisões, etc com o mínimo de preparo profissional.
Agora meu amigo leitor, qual é sua posição nesse assunto?
Se for a do segundo caso corra atrás de sua evolução, pois há tempo de encontrar seu velho mestre e tornar-se um futuro prodígio na mágica, ou então aproveite a pequena fama (se houver) e morra encalhado na praia da mediocridade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Onde está a arte?

Olá,
Depois de um tempo de certa forma impossibilitado de escrever pelos mais diversos motivos que vão desde o desânimo até a correria do dia a dia, estou cá de frente ao micro e forçando meu cérebro cansado a escrever um pouco mais sobre a postura artística na mágica. Já pincelei diversos temas teatrais aplicados a magia, mas dessa vez irei tocar em um ponto que hoje em dia se vê em muitos Mágicos que estão no Mercado de trabalho que é a falta, ou mesmo grandes falhas de postura artística.
Sei que muitos irão com certeza querer me crucificar por estar fazendo tal afirmação, mas digo isso após assistir a diversas apresentações de amigos, ou mesmo de desconhecidos no meio Mágico brasileiro e notar que há um grande empenho por parte de todos em querer mostrar quem é o mais habilidoso, quem faz mais malabarismos com cartas e bolas de esponja. Uma pergunta fica em minha cabeça quando vejo tais vídeos. Será esse rapaz um Mágico ou um Malabarista? A resposta para as duas questões seria a seguinte:
Se for Mágico, então faltam muitos elementos em sua apresentação e irei delinear alguns deles no texto, porém se for Malabarista, então sim deveria esse procurar um emprego em circo.
O comentário foi rude, mas o intuito não é ofender, mas abrir aos olhos dos jovens iniciantes que o caminho para um bom futuro na arte mágica é justamente entender a arte como um todo, isto é, não basta ter grandes floreios, ou mesmo ser um mestre em XCM se falta carisma, magnetismo, e uma boa presença cênica, pois aos olhos de um espectador todas essas firulas são bonitas, porém não são nada mais do que belos movimentos, e a impressão que o mesmo terá da apresentação é de que foi bonita, porém chata de assistir.
Não critico o uso dessas técnicas em uma apresentação, mas sim o exagero, e é isso que tenho visto em muitos casos, a preocupação exarcebada em ser o melhor nos movimentos técnicos e deixando de lado totalmente a postura artística que aliada a técnica não só fortalece a mágica executada como também torna super interessante a apresentação realizada.
Outro exemplo que cito aqui é a de alguns Mágicos dos quais tive o prazer de poder analisar em suas apresentações e também notar que possuem boa técnica, uma boa rotina, um bom vestuário, porém com pouquíssimo carisma, com uma total falta de personagem, ou até mesmo de uma personalidade mágica.
Isto também conta pontos negativos na apresentação e fará com certeza com que o espectador perca o interessem em poucos minutos em visualizar o restante da apresentação.
Então o que fazer?
A resposta para isso não é algo tão simples, e segue um passo a passo um tanto trabalhoso, mas que seguido a risca com certeza será o diferencial de um bom Mágico para o algo comum já existente.
Abaixo seguem alguns pontos a serem obervados.
1- Estudar: Não adianta nada comprar equipamentos caros, treinar exaustivamente e não ter cultura mágica, mas isso é algo que você poderá exercitar lendo bons livros sobre o assunto nacionais ou de outros países. Aqui mesmo no Brasil existem bons materiais de cultura mágica que tornarão sua mente mais aberta e receptiva a mudanças. Vídeos também são boas opções, porém não substituem a leitura e prática de ensinamentos contidos em um livro.

2- Vestuário: Um item importante e marcante e que deve ser sempre bem escolhido para não correr o risco de cair na pieguice, pois de nada adianta ter um bom show se sua roupa não condiz com o personagem, com o local, ou mesmo com a plátéia a que se está apresentando.

3- Personagem: Esse é um item que não delinearei tanto aqui, pois muito já foi dito nos artigos anteriores, mas esse é um elemento com certeza vital para tornar um Mágico marcante para suas futuras contratações. Portanto recomendo a todo Mágico a leitura de livros de Stanislavski, são tres ao todo e todos vitais para quem quer se aprofundar no assunto.

4- Postura artística: Esse é o ponto chave do artigo e algo que realmente vejo muitos pecarem mortalmente. Alguns pela falta de carisma no palco, outros pela ausência de uma boa direção, muitos pelo conhecimento nulo em teatro, e tnatos outros pela somatória dos itens anteriores. Um bom curso de teatro e uma boa direção de espetáculo resolvem em grande parte esse quesito.
Então o que vemos hoje em muitos iniciantes na arte mágica é o interesse gigantesco na técnica, mas não vejo tanto interesse assim na cultura, fato esse observado em conversa de fóruns, comunidades, nas quais muitos nem interesse tem em ler uma boa revista, um boletim, ou mesmo um livro preferindo muitas vezes assistir DVDs e “chupar” o máximo que podem de determinado artista tornando-se muitas vezes cópias borradas do mesmo, e achando-se artistas. Aí fica a pergunta... Onde está a arte? A arte é também ser original, é criar, ou na pior das hipóteses incorporar a rotina de um artista e transformá-la de forma a não ser uma cópia carbono.
Ser artista Mágico em sua concepção é ter cultura, ter discernimento, ter habilidades técnicas, e
principalmente ter presença cênica com um personagem bem construido dentro de uma rotina impecável, e principalmente com uma direção competente que sanará quaisquer erros que possam envolver o espetáculo. Aí sim teremos um Mágico marcante que será para sempre lembrado pelo seu público, e não apenas mais um Mágico malabarista, ou um clone sem personalidade própria, ou pior um Mágico sem carisma que não consegue perceber seus próprios erros e ainda insistindo em um sucesso que tão cedo não virá.
Espero ter ajudado a todos!
Robson Abreu

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Votem no Mágica e Ilusão...

Vamos nos unir e ajudar a Mágica brasileira a dar um passo importante na cultura brasileira dando seu voto para o Blog Mágica e Ilusão e assim ajudá-lo a tornar-se um livro que com certeza ajudará à todos os amigos Mágicos do Brasil.

Contamos com seu voto!!!

sábado, 21 de agosto de 2010

A escolha da música

Olá,
Depois de um bom tempo sem escrever algo sobre o assunto Mágico-teatral para os amigos volto com um assunto de sumo interesse para todos que desejam montar um bom show.
De nada adianta um belo figurino, lindas mágicas e rotinas deslumbrantes se na hora da música a escolha é feita nas coxas como já vi muitos artistas fazerem.
A música precisa ajudar a expressar a mensagem que o artista quer passar a plateia, isto é, ela será uma auxiliadora que pode ajudar ou afundar seu número de mágica.
A música é tão importante que existe até categoria de premiação no Oscar, pois a mesma ajuda a criar todo o clima que vemos nos filmes, seja este um filme divertido e inafntil, ou seja aquele terror super hiper mega blaster assustador. Agora imagina um filme de terror somente com imagens e você com certeza terá sustos e arrepios, agora assista o mesmo e deixe-se embalar pela música, pode ter certeza que você será absorvido pela mesma e na hora do susto pulará da cadeira.
Bem, deixando de divagar e voltando a mágica...
A importância da escolha musical:
Você tem todo seu material compradinho, treinou por dias a fio, mas quer montar um show envolvente, e não sabe como fazer.
Bem! Primeiro veja o estilo do trabalho que você quer realizar, pois por exemplo você deseja realizar números de manipulação, e não cairá nada bem utilizar músicas da Xuxa durante a execução, não é mesmo? Pois além de tirar a atenção do publico para sua execução não cabe dentro de uma rotina pautada que será executada, para o mesmo é indicado o uso de músicas clássicas tais como Bach, Wagner, Mozart, etc... A intensidade da música deverá ser analizada e pautada conforme será sua apresentação, para tanto deve-se aliar sua rotina com a música e montar uma coreografia a fim de que não hajam brechas perceptíveis ao público.
Se você trabalha com Mágicas infantis utilize músicas voltadas à esse público tais como Balão Mágico, Xuxa, etc, ou então procure por músicas alegres e que transmitam essa sensação à sua plateia, evite utilizar músicas que estejam em outro idioma, e a música deve ser sempre uma complementação de sua rotina, de forma a torná-la mais polpuda e não desviar o foco de atenção de seu show.
Se você é um Mágico que quer fazer mistério, ou atuação para adultos, sendo cômico ou não pode usar e até mesmo abusar de músicas em outros idiomas, mas tome cuidado de saber bem a tradução da música que você está escolhendo, pois já vi artistas que utilizavam algumas músicas que eram sonoramente bonitas, mas que passavam mensagens de tristeza, ou até mesmo mensagens banais que para quem conhece estraga toda a rotina e desvia toda a beleza do trabalho apresentado.
Portanto a escolha de sua música é um fator importantíssimo para a beleza e sucesso de sua rotina, e tomem cuidado, mas muito cuidado ao escolhê-las em suas apresentações, pois as vezes um número lindo pode virar motivos de risadas.
Estou aberto a debates e aceitamos todas as sugestões do amigos nos comentários do blog.
Grandes abraços,
Robson Campos de Abreu

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

David Copperfield

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
David Copperfield

Nome completo David Seth Kotkin
Nascimento 16 de Setembro de 1956 (53 anos)
Metuchen, Nova Jérsei
Nacionalidade estado-unidense
Ocupação mágico

David Copperfield, nome artístico de David Seth Kotkin (Metuchen, 16 de Setembro de 1956), é um renomado mágico e ilusionista dos Estados Unidos.

Conhecido principalmente por sua combinação de ilusões espetaculares com a habilidade de contar histórias. Seus feitos mais famosos são: fazer desaparecer a Estátua da Liberdade (num programa de televisão - os assistentes ao vivo participavam na ilusão e sabiam como era feita), levitar sobre o Grand Canyon, sair de uma camisa de força e passar através da Muralha da China.

Começou a atuar profissionalmente aos doze anos, e se tornou o mais novo membro admitido na Sociedade dos Mágicos Americanos. Aos dezesseis anos ensinava mágica na Universidade de Nova Iorque.

Teve um relacionamento com a supermodelo Claudia Schiffer por seis anos, até 1999.

Em 1982 fundou o Project Magic, um programa de reabilitação para pacientes com deficiência reconquistarem habilidades perdidas ou danificadas. O programa, reconhecido pela Associação Norte-Americana de Terapia Ocupacional, é praticado em mais de mil hospitais em todo o mundo.



Copperfield se esforça por preservar para as futuras gerações a história da arte da magia. Para isto tem um museu de livros, acessórios de antiquário, e outros fatos históricos relacionados com conjurações. A vasta coleção, conhecida como o Museu e Biblioteca Internacionais das Artes de Conjuração, localiza-se em Las Vegas, Nevada.

A revista Forbes publicou que Copperfield ganhou 57 milhões de dólares em 2003, o que o torna a décima celebridade mais bem paga do mundo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mirko

Para quem não conhece o grande Mágico Argentino Mirko segue abaixo um vídeo que considero de genialidade sem tamanho, pois o mesmo criou uma rotina coesa com início, meio e fim empolgante.
Vale a pena assistir e analisar também como é realizada a cosntrução de uma rotina campeã.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ARTURO BRACHETTI: "Surrealist" QuickChangeShow(1989)

Mais um vídeo selecionado no You Tube com o objetivo de que os amigos possam analisar a forma como foi conduzida teatralmente a rotina.
Nos próximos artigos estarei abordando vários desses temas.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Video Mágico

Vale a pena assistir!
A intenção é que os amigos que já leram os posts anteriores do nosso blog analisem a performance do artista mágico e vejam como são aplicadas as artes teatrais dentro de uma rotina mágica transformando-a inteiramente em um grande show.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Doug Henning

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Doug Henning (3 de maio de 1947 — 7 de fevereiro de 2000) foi um ilusionista muito popular nos Estados Unidos nas décadas de 1970 e 1980, que muito contribuiu para popularizar a mágica como forma de entretenimento. O que mais o caracterizava era seu cabelo longo e suas camisas coloridas.

Nascido em Winnipeg, no Canadá, foi batizado como Douglas James Henning. Interessou se pela mágica ainda muito jovem, quando tinha seis anos de idade, ao ver pela TV um mágico fazer um número de levitação. Impressionado, comprou um kit de mágicas e começou a ler livros sobre mágica na biblioteca de sua cidade. Com 14 anos foi convidado por um amigo para apresentar algumas mágicas em sua festa de aniversário, e o sucesso foi tamanho que ele decidiu anunciar em um jornal local seus serviços como mágico.

Quando saiu da escola foi cursar medicina na McMaster University, onde estudou uma matéria chamada psicologia da percepção, que viria a ajudá-lo muito na criação de truques. Não chegou a terminar a universidade, pois convenceu o governo a financiar seus estudos de mágica, e entre um e outro, escolheu a mágica. Chegou a estudar com grandes nomes da mágica tais como Dai Vernon e Slydini.


Quando retornou ao Canadá, com algum dinheiro emprestado criou alguns aparelhos de palco e montou um espetáculo que combinava mágica, música e história. Seu objetivo era levar a mágica novamente para cima dos palcos, e esse objetivo foi alcançado com gloria. Seu espetáculo, chamado Spellbound, produzido por ele e seu amigo Ivan Reitman (que seria produtor do filme Caça-Fantasmas nos anos seguintes), foi recordista de bilheteria do teatro Royal Alexander de Toronto.

Esse enorme sucesso chamou a atenção dos produtores de Nova York, que trouxeram o espetáculo para a Broadway com algumas pequenas alterações. O nome do espetáculo mudou para The Magic Show e estreou em maio de 1974. Foi um sucesso de público e Doug foi indicado para um prêmio Tony por sua performance. Nessa época aprendeu também a técnica da meditação transcendental, que lhe inspirava, expandia sua criatividade e lhe dava forças para realizar seus projetos. Seu mestre, Maharishi, lhe convidou a seguir junto a ele, pois lhe iria ensinar mágica de verdade. Doug não podia ir naquele momento, mas prometeu que um dia iria.

No ano seguinte a estréia de seu show, Doug foi convidado pela NBC para estrelar um especial na televisão. O programa seria realizado em frente a uma platéia, o que não lhe permitiria usar qualquer truque de câmara. O programa, que foi ao ar em dezembro de 1975 com o título de Doug Henning´s World of Magic , foi mais um sucesso em sua carreira. Um de seus números mais espetaculares foi uma recriação do clássico truque de Houdini Water Torture Escape. O show se tornou anual e venceu diversos prêmios. Durante 7 anos de show Doug fez truques como atravessar uma parede de tijolos ou fazer um elefante desaparecer. Em 77 recebeu o prêmio de mágico do ano da academia de artes mágicas de Hollywood.


Em 1979, com o fim de seu show na Broadway, começou uma turnê por todos os Estados Unidos, com uma grande equipe e dois caminhões lotados de equipamentos. No Japão foi responsável pelo maior show de mágica da história, o 1979 Magic Mania, no qual criou e estrelou todas as ilusões.

Em 1981 casou-se com Debby Douilliard, que era designer e lhe ajudou muito nos espetáculos que sucederam seu casamento.

Em 1983 Doug retornou a Broadway em um espetáculo mágico-musical chamado Merlin, que contava as aventuras do mago Merlin, com Doug no papel principal. O show bateu o recorde de bilheteria de uma semana, e ficou em cartaz por 8 meses. Em seguida estrelou seu terceiro show na Broadway, que era uma versão de seu show na televisão. Foi inicialmente planejado para ficar um mês em cartaz, mas devido ao sucesso de crítica durou 2 meses.

Também estrelou alguns comerciais, como por exemplo o da Chrysler. Foi convidado para animar a noite de natal da Casa Branca em 1986, aonde recebeu diversos elogios de Ronald Reagan.

Nos últimos quinze anos de sua vida trabalhou em projetos de parques temáticos. Foi consultor para os parques Disney e Kingman Island, e nos últimos anos trabalhou no projeto de um parque temático de meditação transcendental que seria construído perto das Cataratas do Niagara.

Em 1986 foi estudar meditação transcendental na Índia, com o mestre Mararishi, o fundador do movimento, conforme havia prometido em 1975. Doug disse uma vez: "Eu sempre acreditei em mágica real, sempre acreditei que existe mais na vida do que nossos sentidos podem perceber...eu percebo agora que mesmo meu mais absurdo pensamento imagina tão somente uma fração daquilo que é realmente possível."

Morreu de câncer no fígado no dia 7 de fevereiro de 2000. Seu corpo foi cremado e suas cinzas foram jogadas no oceano.
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Assista abaixo um grande momento de Doug Henning no programa Muppet Show.






segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A cena cômica


Olá a todos,
Neste pequeno artigo irei detalhar a complexidade em se criar uma cena cômica tanto para uso em esquetes teatrais quanto para uso em apresentações de mágica.
No meio teatral há uma máxima que diz que é muito mais fácil fazer uma pessoa chorar (drama) do que fazer alguém rir (comédia), e isso é inteiramente verdade, pois para fazer alguém chorar é só entrarmos no terreno dramático e puxarmos cenas fortemente emotivas que causem sensações de tristeza, abandono, perda, e isto com certeza causará comoções na platéia, pois são sentimentos inerentes a qualquer um de nós seres humanos. Porém fazer uma pessoa rir é algo difícil, pois há diversos estilos de comédia e o que agrada uma pessoa com certeza não agrada a outra.
Muitos artistas pecam em utilizar o exagero para forçar o humor, e isto acaba caindo na pieguice.
São barrigas cênicas desnecessárias que dão a sensação à platéia de que o artista quer forçar o riso, e o que muitas vezes acontece são reações contrárias pondo a perder toda a realização de um espetáculo.
O humor tem que ser muito bem dosado e cuidadosamente colocado dentro de um espetáculo
mágico, pois pode acabar tirando a atenção da platéia do foco principal do artista que é a mágica.
Abaixo colocarei alguns tópicos do uso do humor em cenas teatrais e de mágica, e como deverão ser montados.
Humor cotidiano:
É uma forma de humor muito interessante de ser usado e que não permite grandes exageros. O artista ao criar seu esquete usa de elementos do dia-a-dia de todos nós brasileiros e conta uma história levemente engraçada apenas alterando alguns fatos.
Na mágica o artista pode utilizar-se de uma notícia política e usar isso como uma gag, sem exageros, pois pode tornar-se cansativo. O uso desse tipo de humor deve ser apenas um tempero a ser usado dentro de uma rotina mágica ou apenas para dar uma desestressada inicial na platéia.
Uso de piadas e gags:
Este é um recurso muito interessante para ser usado em uma apresentação de mágica, porém as
piadas devem ser bem selecionadas a faixa etária e ao local onde está sendo apresentado o
espetáculo. Tome cuidado com piadas consideradas ultrapassadas, e muito mais cuidado com piadas que caiam no preconceito ou no uso de palavras chulas.
Utilize-se de piadas pequenas e que tenham algo a ver com a rotina que você está apresentando. Se possível crie sua própria piada e treine bastante antes de apresentar. Veja se a mesma agrada as pessoas testando com amigos, família.
Um recurso adicional que pode substituir a piada falada é a piada visual, mais conhecida como gag.
A gag é um recurso muito interessante se bem utilizada, pois pode enriquecer imensamente uma
rotina e tornar seu espetáculo inesquecível, sem precisar utilizar palavras.
Um exemplo de uso de gag em uma rotina mágica é o caso da mágica da coca cola em flores. É uma mágica visualmente bonita, mas que não deixa de ser apenas isto se eu não utilizasse o elemento cômico para realiza-la. O que faço? Simples! Utilizo o simples adereço de um saleiro com buzina. Quando cubro a coca cola pego o saleiro e dou umas pitadas de sal, e o barulhinho já agrada em cheio as crianças, mas eu começo a rebolar junto com o barulhinho, e quando finalizo a mágica são aplausos garantidos e o show pode seguir seu rumo normal.
Portanto é importante utilizar-se de piadas e gags, porém como disse anteriormente tem que saber quando e como usa-las e em que dosagem, pois se exagerar pode causar estranheza na platéia e conseqüentemente arruinar seu show.
Caricatura:
É o estilo de humor no qual o artista imita uma personalidade viva ou morta utilizando-se do exagero e de muitas vezes piadas de mau gosto. Com certeza é um estilo que não recomendo para uso em mágicas a menos que uma determinada rotina exija que o artista se vista como Elvis por exemplo, mas se possível evite, pois geralmente não agrada a platéia e também pode enterrar sua apresentação se não for algo convincente.
Clown ou palhaço:
O estilo Clown é muito interessante para ser usado tanto em Teatro quanto em apresentações de
mágica, mas requer muito estudo e muita, mas muita dedicação em trabalhos diários de criação de sua personagem Clown. É algo que não pode ser utilizado por alguém que não tenha a base técnica completa. Para adquirir essa base é só procurar por cursos especializados que são ministrados por excelentes professores.
Este estilo possibilita infinitas possibilidades de humor na mágica e pode tornar um espetáculo
profundamente interessante, agradável, exótico, e muito engraçado, mesmo sem o artista pronunciar uma só palavra pode levar a platéia ao delírio.
O palhaço é aquele que vemos nos circos de todo o mundo e embora seja confundido com o estilo
Clown, os dois não são a mesma coisa, pois o Clown é algo no estilo Charlie Chaplin, e o palhaço é
o estilo Bozo, etc.
Não é recomendado ao mágico misturar muito a mágica com a palhaçada, pois isso pode vir a
confundir a platéia sobre o tipo de show que veio assistir. Defina bem no seu espetáculo se você é
um Mágico que faz palhaçadas ou se é um Palhaço que faz algumas mágicas para que não venha a
decepcionar seu público depois.
Como foi dito anteriormente para ser palhaço também precisa estudar e treinar muito, e não é algo feito da noite para o dia, pois precisa cursar boas escolas circenses e estar sempre treinando suas gags cênicas e muito também sua parte mágica.
Humor sutil:
É aquele que mais recomendo a quem está começando com a magia cômica. É o uso sutil de pequenas tiradas aliadas a rotina. O uso discreto de pequenas piadas ao que se fala uma rotina ou
apresenta um efeito pode vir a arrancar muitas risadas, mas isso tem que ser sempre natural, isto é, parecer algo saído de sua boca sem a intenção de ser engraçado, algo não premeditado aos olhos do público, não pode parecer forçado, e muito menos ensaiado.
Quando muito bem utilizado esse recurso o show torna-se totalmente agradável a pessoas de diversas idades e diferentes faixas sociais.
Humor exagerado:
Ou como muitos dizem: Comédia dos exageros. É o uso intencional de exageros para gerar situações cômicas, sejam elas faladas, gestuais ou mesmo pela ação de uma segunda pessoa (Partner).
É um estilo de humor que agrada muito ao povo de faixas sociais mais baixas, pois se utiliza palavras de baixo calão, gestos exagerados e muitas vezes até afetados.
Não é meu estilo de trabalho, mas com certeza não podemos condenar o artista que utiliza desse
recurso, pois o mesmo é válido e agrada a muitas pessoas, mas não é indicada para uso em festas
infantis, festas empresariais, ou mesmo locais onde há um nível cultural socialmente mais alto.
Finalizando: Existem outros recursos de humor, mas preferi detalhar alguns mais conhecidos senão este artigo seria infinito. Para todas as formas acima existem alguns pontos que todos devemos evitar em nossas apresentações, são eles:
• Uso de barriga: Isto é, deixar a cena sem sentido, tentar forçar uma situação cômica, repetir a mesma piada duas ou três vezes com o intuito de que riam. Cite a piada uma vez, se riram é ótimo, se não riram passe para a próxima.
• Vácuo: Nunca deixe o espaço cênico vazio se for trocar de aparelho ou buscar algo. Utilize um partner que possa chamar a atenção com sutileza.
• Cacos cênicos: Evite sempre que possível utilizar caco em cena. Faça aquilo que foi ensaiado, pois um caco mal utilizado estraga com certeza uma cena, ou até mesmo um show.
Bom, acho que detalhei aqui o máximo possível sobre o assunto, e espero de coração que seja útil
para todos aqueles que o lerem.
Boas apresentações a todos,


Robson Campos de Abreu (Jago)

sábado, 31 de julho de 2010

A gênese da personagem


Olá a todos os amigos.
Hoje irei detalhar um pouco mais o processo de criação da personagem.
Muitas pessoas criam personagens inesquecíveis ao gosto do público e que ficam marcadas por gerações, mas como isso acontece? Será magia? Será identificação?
Vamos para a segunda pergunta, pois é a mais correta. O que a pessoa precisa para criar essa identificação com o público?
Simples e muito eficaz é ter um estudo detalhado do que sua personagem irá ser.
Vou utilizar um exemplo teatral de uma personagem que faz muito sucesso sempre que apresento nos teatros que é o Senhor Ernesto Celestino.
Para a cena que havia criado essa personagem seria um velhinho de aproximadamente 90 anos de idade e que só diz sandices. Então utilizei alguns processos em sua gênese:

1. Laboratório
2. Vestuário
3. Voz
4. Gênese escrita
5. Incorporação da máscara

Laboratório:
É o estudo da personagem através da convivência com pessoas que sejam caracterizadas pela semelhança com a personagem a ser criada. No meu caso eu passei dois meses visitando diariamente um asilo de idosos e comecei a reparar em seus hábitos de falar, vestir, em seus trejeitos, no jeito de andar de cada um deles. Alguns cacoetes e muitas frases engraçadas que foram incorporadas ao texto foram tiradas dessa experiência.
Trazendo esse exemplo para o mundo Mágico fica a pergunta... O que eu posso fazer então?
Simples... Se você quer fazer um mágico que seja um executivo então ande com executivos e analise tudo o que puder deles. Quer ser um chinês? Então ande com pessoas que possam te ajudar nesse sentido.
O laboratório bem realizado é uma alavanca imensa para tornar sua personagem inesquecível. Saiba absorver essa experiência.

Vestuário:
Fazendo um estudo detalhado de laboratório o vestuário torna-se algo simples de ser feito.
No meu exemplo utilizei uma calça social bege, um colete de lã, uma camisa social xadrez, óculos, bengala de madeira e boina italiana. E estava criado o visual da personagem em si.
Monte seu visual tendo em conta que é essencial que a personagem se vista conforme a proposta que foi criada.

Voz:
Trabalhe muito a sua voz e os timbres que deseja usar.
Na minha personagem por ser um senhor idoso utilizei o timbre agudo com alguns cacoetes na voz e treinei muito, mas muito mesmo para poder falar desse jeito de forma natural e sem agredir as cordas vocais.
Tenha em mente se será sua voz natural e se tiver que criar algo então faça com que se assemelhe a figura que você irá criar. Treine muito e torne isso natural, e teste com seus amigos e peça muitas opiniões, pois só assim o desenvolvimento será completo.
Lembre-se de uma coisa: Não adianta nada criar um personagem bonito e bem trabalhado e ter uma voz que desconcerte tudo que foi criado.

Gênese escrita:
É uma das partes mais importantes na construção da sua personagem e o tema desse artigo.
Por que a gênese?
Essa é uma questão que gera o seguinte comentário:
Como poderemos apresentar uma personagem se não a conhecemos por inteiro?
Então pegue um lápis e um cadernos e escreva detalhadamente a sua personagem.
Onde mora? Qual sua comida preferida? Suas ambições? Seus gostos? O que detesta? Sua idade? Sua preferência de esportes?
Acima alguns exemplos apenas, mas escreva tudo o que sua personagem tem de mais importante. Faça isso como se estivesse escrevendo em um blog. Torne sua personagem viva e fazendo parte de sua mente, uma pequena parte de seu EU.
Não tenha preguiça em escrever e torne isso natural para que amanhã quando você estiver atuando e alguém lhe perguntar algo você possa responder como a personagem responderia.
Veja o exemplo de muitos humoristas quando suas personagens são entrevistadas na televisão. Como é delicioso sentir que lá está o Ernesto e não o seu criador.
Um exemplo de gênese e de suas ramificações vocês poderão verificar no blog “Ernesto Celestino, o Sábio” em http://ernestocelestino.blogspot.com
Ou no link de video http://br.youtube.com/watch?v=Tn384gV7Y0w



Incorporação da máscara:
É nada mais do que a união de tudo que foi comentado anteriormente dentro de seu EU e em seu exterior.
É o ato de entrar no palco e haver o distanciamento do ator/mágico e a incorporação da personagem durante a sua atuação.
É fazer o espectador acreditar que está assistindo um velhinho no palco e não o ator de 34 anos e ter a surpresa ao descobrir que não era um senhor idoso que estava lá.
É trazer sonhos para as pessoas através de simples gestos e falas...
Portanto é antes de mais nada acreditar no que faz para fazer assim os outros acreditarem
Sucesso a todos e até a próxima.

Autor: Robson Campos de Abreu - Jago

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A criação da personagem

O Mágico hoje em dia além de ter a preocupação diária de ensaiar suas rotinas e ter pleno domínio das mágicas que realiza precisa criar um personagem conforme seu estilo de trabalho.
Por que a criação de uma personagem?
Simples! De que adianta ter uma rotina interessante e ter uma grande destreza se durante a apresentação não há uma interação ou convencimento da platéia de que há um Mágico atuando?

Vejamos abaixo alguns passos primordiais para a criação de seu personagem:

1. Estilo
2. Vestuário
3. Voz
4. Corpo
5. Acreditar!

Estilo:
Muitas pessoas preocupam-se em criar um visual interessante, mas não há o convencimento daquilo que se está fazendo.
Temos Mágicos de estilo Sombrio/Misterioso, outros de estilo Clássico, Humorístico, etc. Porém a pergunta que vêm à cabeça é “Como criar meu estilo?”.
O estilo do Mágico é o primeiro passo na criação de sua personagem, então pense calmamente em qual tipo de mágica você tem preferência.
Usaremos como exemplo o Mágico que prefere Salão e apresentar para o público infantil. Um estilo Sombrio pode ser assustador; um estilo clássico exigirá muita simpatia e habilidade; porém um estilo alegre e humorístico ou um tanto voltado ao palhaço com certeza irá ganhar muita atenção e gargalhadas e tornar a apresentação marcante do começo ao fim.

Vestuário:
Esse é um complemento do que foi dito anteriormente, pois de nada adianta ter um estilo Misterioso e estar usando bermuda e chinelos.
Procure adequar o seu vestuário ao seu estilo e de forma que tanto o Mágico como a platéia possam sentir-se a vontade.
Tente também transmitir sua mensagem claramente com seu vestuário, pois de nada adianta ter um ótimo repertório e ter um péssimo visual.
Lembre-se de que a primeira impressão é a que fica, e um bom visual é um bom caminho para futuras contratações.

Voz:
Primeiramente tenha ensaiado tudo o que irá ser dito no seu roteiro, e procure corrigir quaisquer erros de português.
Após ter feito isso faça com regularidade exercícios de projeção vocal, para isso existem diversos cursos no mercado, e muitos gratuitos em oficinas de Teatro. Treine muito a projeção de voz pelo diafragma, pois nem sempre teremos um microfone a disposição.
Tenha muita clareza em sua voz e se necessário utilize tonalidades de voz diferentes da que se está acostumado em seu dia a dia, então haverá a necessidade de um policiamento ostensivo a fim de evitar deslizes durante uma apresentação.

Corpo:
Essa é uma das partes mais difíceis e trabalhosas na criação de uma personagem.
Defina como será essa personagem em seus mínimos detalhes. Observe o jeito de andar e a postura, defina os trejeitos físicos e trabalhe muito o olhar.
O olhar é a principal ferramenta de qualquer ator e para o Mágico pode auxiliar em cinqüenta por cento durante qualquer apresentação.
Se o seu estilo é humorístico utilize o olhar alegre, gestos estabanados aliados com um andar descompassado. Pode ser utilizado muito da linguagem Clown.
Se o seu estilo é o misterioso tenha a seriedade no olhar, um andar lento aliado a suaves e rápidos trejeitos com as mãos.
Se o estilo é clássico então utilize o olhar calmo e firme, o nadar normal trejeitos firmes e distintos.
Há sempre a necessidade de trabalhar o corpo com maestria e dedicação para que tudo seja natural ao espectador.

Acreditar!:
Acredite em sua personagem, pois ela é uma extensão de sua personalidade, e é aquele que marcará para sempre aqueles que o assistiram em ação.
Acredite sempre naquilo que estiver fazendo e o sucesso do seu trabalho estará com certeza muito mais facilmente alcançável.


E lembre-se que para tudo nessa vida o estudo e o aperfeiçoamento diário sempre serão necessários.

Autor: Robson Campos de Abreu - Jago

domingo, 25 de julho de 2010

A Máscara


Olá,
Mais uma vez irei apresentar um artigo voltado a criação da personagem e o uso dela em suas apresentações.
Nos artigos anteriores foram descritos os métodos para a criação e a gênese da personagem com seus processos e detalhes. Agora iremos conhecer um método para o uso seguro da personagem trazendo mais verdade em suas apresentações que é o uso da Máscara.

O que é a Máscara?
A Máscara aqui descrita (Com M maiúsculo) não é aquelas que vendem por aí em lojas de fantasia, nem o uso de maquiagem, mas sim um conceito que poderá ser utilizado por qualquer um de vocês em qualquer momento que precisarem se apresentar incorporando com maior facilidade à personagem a pessoa que está atuando.
Muitas pessoas têm um pavor de subir em um palco e tem aquele frio na barriga insuportável que muitas vezes fazem tremer as pernas e a voz falhar. E como dominar esses sentimentos? Como ter mais segurança no palco? Como ser verdadeiro em sua atuação?
A resposta para as perguntas acima está no conceito descrito a seguir:

A Criação da Máscara
Para realizar a Criação da Máscara é necessário que anteriormente o ator/mágico tenha feito todos os processos de criação da personagem e esteja com ela totalmente dominada conhecendo assim seus mínimos detalhes.
O processo de criação é simples e parece com um ritual interior muito utilizado para a criação da Máscara Clown. O ator deverá se interiorizar em um ambiente calmo e com música suave. Deverá clarear a mente afastando totalmente os pensamentos impuros e os do cotidiano. Depois de fazer isso deverá concentrar-se na personagem e buscará juntar todos os elementos dela em um único objeto imaginário (Uma máscara). Esse objeto imaginário será a sua Máscara primária.
Ainda concentrado na Máscara primária procure dar cor e brilho a ela, e sinta seu peso nas mãos, sua textura, se é quente ou fria, enfim conheça muito bem a sua Máscara.
Depois de colocar todos os ingredientes (cor, textura, detalhes) pegue a Máscara e coloque junto ao peito e funda ela dentro de si próprio.
Lembrete: Sempre de olhos fechado e com concentração. Muitos podem achar uma bobagem o exercício acima, mas esse é um método que utilizei durante muitos anos e tem me ajudado muito para qualquer personagem e em inúmeras situações.

A colocação da Máscara
Para a colocação da Máscara e sua utilização existe um ritual bem simples.
Concentre-se em um canto anulando-se momentos antes de entrar em uma apresentação e busque puxar a Máscara que havia sido guardada dentro de seu peito. Puxe-a para fora e após isso feito vista-a no rosto com a mão vindo de cima até o queixo, e ao chegar no queixo prenda-a, e após isso feito você estará utilizando a mesma e será a personagem que estará indo ao palco.
Lembrete: Apesar da personagem estar incorporada na Máscara e tendo liberdade de ação na apresentação o ator/mágico é quem comanda todas as ações da mesma e sempre tem consciência total do que faz.
Para retirar a Máscara é só realizar o processo inverso do que foi descrito acima e puxa-la do queixo e traze-la até a cabeça retirando-a e depois de fazer isso colocar de volta ao peito.
Importante: Pode parecer uma bobagem o processo descrito acima, porém quem leva a sério e tem vontade de fazer pode ter certeza que funciona muito para anular inibições e ajudar a dar mais segurança ao trabalho de palco e a encarar multidões de espectadores.
Na Comédia Dell’arte e no Clown esse ritual é muito respeitado e utilizado e todos podem perceber que um verdadeiro clown sempre tem sua Máscara colocada no rosto de forma visível mesmo que seja uma simples pinta vermelha no nariz, e essa Máscara obedece ao mesmo ritual de preparação descrito acima, porém com muito mais complexidade.
Charlie Chaplin é um grande exemplo de Clown, pois o Carlitos nada mais era do que sua personagem clownesca e sempre utilizava a Máscara para sua incorporação.


A utilização da Máscara
Após ter criado sua Máscara primária ela estará pronta para ser usada e testada pelo Mágico em seus ensaios, porém ainda será preciso conhece-la bem e saber de seus limites, e isso só poderá ser sentido por cada pessoa e sempre em situações diferentes, pois cada um sabe o limite que deve atingir.
A Máscara é uma extensão do Mágico e obedece sempre à vontade do mesmo e nunca ao contrário.
Já vi inúmeros casos de artistas que não sabem separar suas personagens de sua vida própria e sentem-se mal após fazer um drama, ou até chegam a ponto de brigar com a família e amigos por causa de uma personagem que realiza no palco.
Portanto teste os limites que sua Máscara pode atingir antes de utiliza-la em suas apresentações.
Conforme você for se acostumando ao uso da Máscara mais natural ela será para você, e com o tempo ela ficará moldável para a utilização para várias personagens e para a troca rápida das mesmas quando for necessário.
Você com o tempo poderá ter diversas utilidades práticas para a Máscara em suas apresentações, porém a maior delas será a facilitação da incorporação da personagem e a segurança de poder realizar seu trabalho para quantas pessoas estiverem presentes.


Recomendações:

· Faça o uso da Máscara somente se tiver criado sua personagem.
· Leve muito a sério se realmente for fazer.
· Você controla a Máscara e não o contrário.

Aplicações úteis:
· Facilitar a incorporação da personagem.
· Derrubar a timidez.
· Aumentar a confiança e a segurança.

Espero que este conceito seja de grande ajuda para todos e nos próximos artigos estarei dissertando melhor sobre o assunto.

Autor: Robson Campos de Abreu (Jago)

sábado, 24 de julho de 2010

Promoção relâmpago - Ganhe Presto Printo

Olá aos amigos do Blog!!!

A loja Mágica e Ilusão www.magicaeilusao.com.br orgulhosamente lança uma promoção relâmpago válida para pedidos efetuados e pagos dia 24 e 25 de julho.

Todos os pedidos realizados com valor acima de 80,00 desconsiderando o frete receberá inteiramente de graça a mágica Presto Printo que na loja custa 18,00.

No campo de observação do pedido a pessoa deverá colocar a informação: "Blog promoção"

Aproveitem, pois é por tempo limitado e enquanto durarem os estoques.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dificuldades! Como enfrentá-las?



Todos nós que trabalhamos, vivemos e respiramos teatro, seja como ator, diretor, etc. nem sempre encontramos um mar-de-rosas em nossas apresentações, pois sempre tem alguém na platéia que porta-se com inconveniência, ou então um público desinteressado, ou as condições do local são menores que as mínimas para uma apresentação. Bem! Aparecem dificuldades mil, mas como enfrentar essas dificuldades de forma digna e sem perder o profissionalismo?
Primeiro devemos pensar que a cada espetáculo que realizamos nunca teremos o mesmo público do anterior e nem as mesmas difuldades e facilidades, portanto alguns cuidados básicos devem sempre ser tomados pelo ator:
1- Estar com seus textos bem ensaiados.
2- Estar preparado sempre para imprevistos, e sempre saber improvisar quando necessário.
3- Estar sempre bem alimentado, porém sem exageros.
4- Não beber antes de apresentações
5- Estar sempre concentrado em seu camarim.

Sei que são preceitos básicos para qualquer ator, porém são regras que se não forem cumpridas irão ajudar no comprometimento do trabalho coletivo quando os imprevistos ocorrerem.

As dificuldades são inúmeras e se for enumerar cada uma delas aqui teremos um texto imenso, mas irei aqui apresentar algumas soluções:

1- Quando tivermos a péssima experiência de algumas pessoas que insistem em querer aparecer mais do que o ator em si. Podemos:
1-1. Perguntar se a pessoa em si quer ser ator, pois quer aparecer mais do que o próprio.
1-2. Simplesmente soltar alguma brincadeira rápida com a pessoa e logo em seguida ignorá-la.
1-3. Nunca faltar com a educação, mas se a pessoa insistir em perturbar, chame a segurança e peça para retirar.
Nunca dê a entender que você perdeu a calma, e nunca demonstre que se perdeu no texto por causa disso, pois isso gera uma percepção na platéia de que o ator é um amador no palco.

2- Quando temos uma platéia desinteressada. Devemos realizar o espetáculo mesmo assim, e analisar se podemos fazer algo que agite e anime essa platéia, pois existem soluções que parecem pequenas que muitas vezes fazem com que determinado ator seja ovacionado em sua cena, ex. Uma pequena mudança de palavras que atraiam a platéia, mas não ferem o texto. Se não conseguir isso durante o espetáculo, reflita durante o descanso no que poderá ser feito para incrementar a cena para torná-la mais agradável ao público.
Evite sempre improvisações sem necessidade com a finalidade de atrair a atenção do público, pois você poderá perder-se no texto, e aí a coisa fica pior.

3- Quando apresentamos em locais sem as devidas condições de palco e camarim. Nesse caso, a primeira opção é cancelar a apresentação, desde que visto com antecedência, mas se não for o caso, e a apresentação estiver perto de começar, o grupo tem o dever de ser profissional e realizar o espetáculo mesmo assim, pois são as dificuldades que tornam as pessoas melhores. O ator poderá estar em um camarim improvisado, estreito, sem espelhos ou até mesmo sem higiene, mas tem o dever de dar o melhor de si para a platéia, pois eles não são culpados pela péssima organização.
Nunca sejam desagradáveis com a platéia e nem deixem transparecer os problemas enfrentados, dêem o melhor de si e com certeza serão sempre lembrados por todos.

4- Quando enfrentarem uma platéia hostil. Esse é um caso raro, mas que pode acontecer com apresentações gratuitas. Nesse caso em que a maioria das pessoas podem gerar conflitos ou enormes dificuldades para os atores vocês interrompem rapidamente o espetáculo e deixam uma advertência de que na próxima vez que houver falta de respeito para com os atores o espetáculo será interrompido de imediato. Se mesmo assim voltar a ter incidências, então interrompam o espetáculo e deixem o local sem criar constrangimentos maiores.
Nunca! Nunca mesmo enfrente as pessoas que estão hostilizando. Chamem a segurança e se mesmo assim não adiantar, interrompam calmamente e sem criar confusões. Muitas vezes é melhor parecer um bobo do que brigar com pessoas ignorantes.

Sei que não dá para generalizarmos as dificuldades que os atores enfrentam no seu dia-a-dia, mas também não estou aqui para trazer as soluções para todos os problemas, e sim auxiliar aqueles que inciam sua jornada teatral, pois todos teremos problemas e dificuldades em graus diferentes, mas muitas são repetitivas e parecidas com as apresentadas acima.

Espero ter sido útil e conto com o comentário de todos.

Abrações fraternais e teatrais,
Robson Campos de Abreu

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Exercício de confiança

Olá,
Irei tentar repassar abaixo um exercício que faço sempre com os atores do grupo, e que pode perfeitamente ser utilizado por Mágicos que utilizam-se de palcos ou apresentações para muitas pessoas.
Um exercício para fortalecer a percepção do ator e para crescer muito a confiança e seu descobrimento do íntimo.
Exercício do cego.

Esse exercício é ideal para um grupo a partir de 4 pessoas e um orientador, e em um salão preferencialmente vazio e sem declives.
O exercício terá que ser realizado sempre em silêncio pelos atores.
Início: Peça a todos os atores que andem pelo salão.
Oriente a todos para que não façam a mesma trajetória, andem em círculos, depois façam zigue-zague, mas principalmente prestem muita atenção no local. Faça isso durante 2 minutos.

Após o reconhecimento inicial peça aos atores que fechem os olhos e voltem a andar pelo local. Frise para que ninguém abra os olhos, pois quem o fizer estará perdendo o benefício do exercício.
Faça com que todos andem com os olhos fechados e devagar para evitar acidentes.
Logo após uns dois minutos peça para que sempre abracem o companheiro que cruzarem/esbarrarem pelo caminho. (Abraço rápido) Sem conversas e continuando a andar após o abraço.

Mande para que todos congelem e assim o artista-orientador irá até cada ator e irá mudá-los de lugar desorientando a todos.

Variantes:
Após a desorientação o artista-orientador pode fazer as seguintes etapas:
1- Escolher um dos atores para ser o pegador e sempre que este encontrar algum outro companheiro deverá com apenas um toque no rosto adivinhar quem é o companheiro. Se acertou o pegador será aquele que foi descoberto e se errar continua o exercício. Sempre o artista-orientador deverá realocar os atores durante essa variante.

2- Pedir para que todos descrevam o ambiente detalhadamente.

3- Colocar uma músca e pedir que os atores interajam com o ambiente.

Lembrem-se: Sempre de olhos fechados.

Após uma das variantes feitas peça aos atores que abram os olhos lentamente e descrevam as sensações do exercício.


Quaiquer dúvidas entrem em contato com robson@magicaeilusao.com.br
Robson Abreu

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Os dez + tres mandamentos do cômico

1-Tente controlar a ansiedade.
2-Não se critique em cena.
3-Seja otimista!
4-Não queira fazer rir!
5-Esteja à escuta do público.
6-Observe a respiração em caso de desespero.
7-Esteja disponivel para qualquer situação.
8-Nunca diga: Não Posso! Não consigo! Não sei!
9-Cultive a humildade! Somos um grão de areia no universo.
10-Aprenda a brilhar! Assuma com todo amor e responsabilidade o centro das atenções.
11-Aprenda a ofuscar-se! Aprenda a passar o bastão do poder na hora correta.
12-Não dê tanta importância a si mesmo.
13-Nada é tão sério assim... Nem a morte!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fu Manchu

Tradução “Seleções Mágicas”

03/12/1974

“A ilusão é a alma da vida”

Primeiro artigo:
“A magia está de luto, Fu Manchu está morto”.

19 de agosto de 1974
Quando há apenas uma semana visitei Fu Manchu em seu Bazar Mágico na rua Rio Bomba 143 em Buenos Aires não podia imaginar que estava presenciando as últimas horas de vida de um dos artistas mágicos mais geniais do mundo, um verdadeiro colosso do ilusionismo teatral do século XX.
Ali, atrás de seu pequeno mostrador, de onde uma montanha de caixas que chegaram desde os mais longínquos confins da Terra, agora há pouco começaram a serem abertos; onde um moderno gravador “a cassete” deixava escapar a voz do Mago Cordobés “Vernet”, um dos mais diletos discípulos de Fu, e o eterno cigarrinho de bujaba no ar, seus caprichosos rabiscos azuis, ali estava ele sorrindo-me com essa cara de bonachão e chamando-me de “Piuman” e de “Keller”, de “Professor Odronoff” e de “Yukito”, seu jovem e talentoso herdeiro em magia, e mostrando-me os últimos jogos recebidos. Ali estava, sem que nada o superasse, pronto a apagar a Mágica de tocha que iluminava a dinastia Bamberg através de quase três séculos de encantada existência.
“Por má fortuna esta dinastia que começou com um David Bamberg e termina com outro David Bamberg. Meu filho vive nos Estados Unidos e é professor. Esta longa herança termina em mim. Não só na magia senão também no Teatro a nossa tem sido a Dinastia mais longa. Foram sete gerações de artistas...”
Assim, com essas palavras carregadas de nostalgia Fu havia respondido ao jornalista Rodolfo E. Braceli, da Revista “Gente”, antes uma pergunta que este lhe formulara na noite de 22 de novembro de 1971, quando um grupo de amigos se reuniram no Café Concerto “La Trampa del Diablo” para festejar os 60 anos com a magia do supremo criador da rotina “Papel-Papel”.
Nessa ocasião, Fu Manchu atuou para seus amigos e contou para o jornal o sucedido naquela noite em que em um cenário de Nova York apresentou pela primeira vez em público um truque de magia, ante o olhar experiente de seu pai, o inesquecível “Okito”, e a de outra jóia da magia mundial: Harry Houdini.
A multifacética personalidade artística de Fu Manchu o levou também a fazer parte do cinema, criar e reformar seus próprios jogos e efeitos, e a escrever suas memórias e deixar nelas o seu segredo, antes zelosamente guardados para todo esse incrível rosário de magos que integraram a dinastia Bamberg. Suas memórias, escritas em inglês (Seu idioma natal) recentemente foram visto a luz de seus primeiros livros, já que os restantes estão em impressão.
Quem não viu atuar esse supremo expoente do reino das artes não poderá ter nunca uma idéia de seu incrível virtuosismo sem o embargo da opinião e comentários de alguns de seus colegas, assim podemos formar uma pálida imagem.
A Revista do 2° Congresso Mágico Argentino de 1962 nos diz:
“Falar de Fu Manchu é falar de um homem que nasceu com a missão de ser Mago sabendo cumprir a mesma de forma brilhante.
Fu Manchu soube imprimir o toque preciso na magia, a qual deve praticar de acordo com a época em que se vive, e mais até, supor reunir suas exímias condições de ator teatral e cinematográfico, e de autor e diretor de suas obras e criar um novo estilo, uma nova escola para ser mais exato, dentro da magia teatral contemporânea, modalidade esta que lhe valeu seus últimos anos o glamoroso êxito de suas obras: “A poltrona da morte” e “A filha de Satã” batendo recordes de bilheteria nos teatros onde foram apresentados, sublinhando seus êxitos, nos presentes dias com seu novo espetáculo que vem oferecendo no Teatro Avenida, denominado: “Embrujos de Fu Manchu”.
Por sua parte Arturo de Ascanio. O talentoso prestidigitador espanhol e autor do livro: “Navajos y Daltonismo”, disse que Fu Manchu é a sublimação da magia cerebral como espetáculo teatral.
Fu Manchu, com exceção da Austrália percorreu todo o globo terrestre e para orgulho dos argentinos, que também tiveram o privilégio de vê-lo estrear como Mago Chino, uma longínqua noite no já desaparecido Teatro San Martín, na rua Esmeralda, ancorou para sempre em Buenos Aires onde sua Escola de Magia produziu uma leva de artistas dos mais distantes cenários do planeta que entre dados e panos; coelhos e pombos, tiraram de suas cartolas uma delicada e perfumada flor para depositar nas dormidas mãos do inesquecível e exímio maestro.

Querido amigo! Descanse em paz.

Carlos A. Rodrigo

Tradução do original Argentino por: Robson Campos de Abreu

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A arte de Improvisar

Discutimos ao longo de três artigos desde a gênese de uma personagem até a utilização da Máscara durante uma apresentação, mas hoje irei tocar em um ponto nevrálgico de qualquer ator que durante uma apresentação necessita de realizar uma improvisação qualquer.
Irei focar na Arte de Improvisar... Alguns poderão dizer: - Ah! Mas isso é bobagem! Outros dirão: - Para que pensar nisso? Para responder a isso deixo abaixo um caso que aconteceu durante uma apresentação de Teatro que assisti no qual meu professor teatral estava na direção e elenco.
A situação foi a seguinte:
-O professor estava neutro em palco e acontecia uma cena na qual dois policiais iam abordar armados uns bandidos. Ao subir no palco um dos policiais deixou cair a arma na platéia... O que ele fez? Ao invés de continuar a cena improvisando ele disse: - Mãos ao alto bandido! E apontou os dedos para o mesmo... – Estou armado! Aliás, estaria se a arma não tivesse caído na platéia...
Aquilo foi uma situação mortal para o espetáculo e o professor que estava sentado no palco por pouco não mandou o ator embora após o espetáculo.

O que irei frisar aqui é como se comportar e alguns detalhes para ter uma improvisação sadia durante suas apresentações, pois estamos sempre sujeitos a de repente escorregar no chão, errar uma mágica, etc. E para que o show não seja comprometido é necessário que o ator saiba conduzir a situação de maneira que pareça algo natural a quem está assistindo.

Primeiramente para ter uma boa improvisação é necessário:

- Conhecer sua personagem
- Viver sua personagem intensamente
- Ter o domínio pleno da Máscara
- Ter domínio pleno de sua rotina
- Ter total controle sobre seu texto
- E principalmente estar concentrado.


Os três primeiros itens acima citados já foram explanados em textos anteriores, então irei falar aqui sobre os três últimos tópicos.

Domínio da rotina:
Não é simplesmente ter um monte de mágicas e sair fazendo algo aleatório em suas apresentações, pois se corre o risco de se embananar e comprometer totalmente seu show.
Monte sua rotina baseado naquilo que lhe dá muito prazer em apresentar. Não se preocupe com a quantidade de efeitos a serem apresentados, e sim com a qualidade com que os mesmos serão expostos.
Faça uma relação das mágicas que você possui pleno domínio e siga rigorosamente essa ordem sempre que possível. Em alguns casos com certeza poderá ser necessário trocar a ordem rapidamente, ou até mesmo pular um ou outro efeito, mas tenha sempre um começo, meio e fim.

Controle do texto:
Planeje sua apresentação desde o começo e então escreva um texto para ligar os efeitos de sua apresentação e até mesmo para sua entrada em palco. Se for comédia seu estilo, então tenha suas piadas decoradas, suas gags ensaiadas, suas expressões faciais e corporais plenamente estudadas para cada efeito a ser apresentado.
Se for contar uma história tenha a mesma na ponta da língua sempre para evitar constrangimentos ocasionados pelo esquecimento de um texto no palco.
Planeje com muito cuidado sua apresentação. Decore muito bem seu texto. Junte seu texto ao seu personagem e faça com que tudo isso se torne algo totalmente natural ao sair de sua boca, pois só assim as pessoas verão a verdade do que você estará fazendo.
Se você não acredita naquilo que está fazendo, então com certeza as pessoas que o verem também não acreditarão.
Faça com que cada palavra, cada gesto, cada olhar seja verdadeiro para você, e todos sempre lembrarão de sua atuação.

Concentração:
Esteja sempre concentrado totalmente no que está fazendo ao palco. Esqueça a briga na escola, a dívida no boteco, a cachorra da vizinha. Você está no palco! Você é o centro das atenções! Qualquer falha sua pode por tudo a perder. Então tenha total concentração no seu trabalho.
Ignore pessoas inconvenientes que procuram querer aparecer mais do que você, e se caso tiver que intervir em qualquer caso assim, então faça rapidamente sem deixar sua personagem cair, sem perder sua concentração. Volte ao que estava fazendo, seja sua história, seja a rotina, etc.
Tente exercitar em casa sua concentração lendo um livro com uma música tocando ao seu lado e prestando atenção total ao texto, sem deixar que a música o atrapalhe. Você verá que no começo será impossível, mas com o tempo você conseguirá isolar cada elemento do ambiente onde você está, e isso deverá ser aplicado em sua apresentação.
Isole os elementos que não são necessários durante seu trabalho e foque totalmente naquilo que é essencial para seu show funcionar com perfeição.


Fazendo as tarefas acima de forma correta evitará que o ator se perca durante sua apresentação mesmo com elementos surpresa que possam vir a surgir para atrapalhar.
Imprevistos estão sempre sujeitos a acontecer durante um trabalho, mas dominando totalmente os seis tópicos enumerados acima as chances de algo vir a dar errado diminuem em mais de 90%, pois o ator sempre terá uma saída inteligente para as situações inusitadas que aparecerem.

Recomendo a todos a leitura do livro: “Improvisação para o Teatro” de Viola Spolin... Não apenas leiam, mas também realizem os exercícios propostos no mesmo.

Em breve estarei me aprofundando mais na área Mágico-Teatral. Um abraço a todos e obrigado pela paciência.
Robson Campos de Abreu

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domingo, 18 de julho de 2010

Mágica cênica

Olá aos meus amigos!
Depois de um bom tempo sem postar novos artigos para este local torno a fazê-lo indo agora para a vertente da magia cênica.
Toquei em diversos tópicos anteriormente, tais como:
Criação da Personagem; Máscara; Improvisação, etc...
Agora irei focar no assunto do título de uma forma um tanto abrangente.

Hoje em dia vemos na mídia diversos Mágicos realizando suas apresentações, e em algumas temos ótimas sensações, pois além da mágica temos a chance de assistir a um verdadeiro espetáculo teatral, enquanto em outras o que vemos é uma técnica deveras vezes impecável, porém sem o mínimo de carisma, sem teatralidade, portanto muitas vezes uma apresentação enfadonha no sentido geral.
Então de que adianta dominar todas as técnicas existentes e não ter carisma? Não saber como se apresentar, ou elaborar uma apresentação cativante é a pedra que pode enterrar sua carreira definitivamente.

Como montar uma Mágica Cênica?

É um processo um tanto demorado, porém não é difícil.desde que alguns passos sejam dados.

1- Brainstorm:
Pegue todas as suas idéias e comece a anota-las em uma folha de papel. Faça isso durante horas e foque sua mente exclusivamente na sua apresentação. Com certeza depois de algumas horas de dedicação a esse passo você terá dezenas de idéias no papel. Aí passamos para o segundo passo.

2- Escolha de idéias:
Agora você irá selecionar as melhores idéias que colocou no papel e irá desenvolve-las de forma que seja assim montada uma rotina. Nesse passo você irá adicionar os efeitos mágicos que pretende usar, e depois de montadas as idéias irá selecionar aquela que mais lhe agradou, e que com certeza irá agradar aos seus espectadores. Para isso é importante conhecer o público ao qual será apresentada sua rotina.

3- Contar uma história:
Esse é um passo essencial para tornar sua apresentação cativante, pois de nada adianta ter uma técnica avançada e uma idéia mirabolante se você não transmitir emoção no que você está realizando. Para isso uma história sempre será de grande valia. Pode ser uma história dramática, uma história romântica, cômica, muda, etc. Desde que a mesma seja condizente com os efeitos que serão apresentados, e ilustre muito bem a idéia que você deseja passar aos seus espectadores.

4- Crie uma personagem:
Pode parecer bobagem, mas a criação de uma personagem será essencial para a teatralização de sua rotina. De nada adianta criar uma história romântica, com belos efeitos e o Mágico estar impassível parecendo uma rocha inanimada em sua apresentação. É essencial que seja feita uma personagem que acrescente todas as emoções que a história deseje transmitir. Esse é um item que poderá lhe dar reconhecimentos futuros, ou até mesmo estragar totalmente sua apresentação. Portanto muito estudo nesse item só irá lhes fazer bem.
Recomendo a leitura dos artigos escritos por mim anteriormente e os livros de Constantin Stanislaviski.

5- Seja convincente:
De nada adianta montar todos os passos acima se na hora da apresentação você não transmite verdade cênica. Para isso acontecer você precisa primeiro se convencer de que tudo que está fazendo é uma verdade, é uma ilusão perfeita, mas para isso você precisa trabalhar seus erros, pedir opiniões e aceitá-las, e feito isso corrigir erros que podem atrapalhar a sua rotina. Lime tudo o que puder e deixe o trabalho o mais limpo possível. Passe e repasse a rotina diversas vezes e torne-a automática em sua mente.
Com isso sua mente estará pronta a realizar a rotina de forma verdadeira e eficaz, e sendo verdadeira a mesma transmitirá ao público essa verdade que com certeza irá encantar, e se tornará inesquecível aos olhos de quem a viu.

6- Apegue-se aos detalhes:
Nesse passo você irá detalhar sua apresentação o máximo que puder, e irá trabalhar no vestuário de sua personagem e partner (se houver); irá criar um cenário condizente com o ambiente de sua rotina; e acrescentar objetos cênicos que ilustrem melhor a sua apresentação.
-Vestuário: Se a sua história se passa no velho oeste, nada mais certo do que se vestir a caráter seja como caubói, índio, ou mesmo vilão.
-Cenário: No exemplo do velho oeste podemos acrescentar aqui um barril, feno, e mais elementos que possam mostrar o ambiente em que se passa a história.
-Objetos cênicos: Aqui colocaremos detalhes pequenos tais como: Chapéus, estrela de xerife, uma arma em punhos, faca, etc...

7- Finalização:
Esse passo é essencial e talvez o mais difícil de todos, pois de nada adianta criar uma rotina matadora, uma personagem estonteante, efeitos milagrosos e não saber finalizar sua rotina.
Todos esperam uma finalização que supere tudo o que está sendo feito até o momento, e é neste momento que sua criatividade tem que ser explorada ao limite.
Faça algo que seja o clímax de toda a sua história, algo surpreendente, inesperado e veja a reação das pessoas.
O final tem que ser algo que faça todos quererem mais, tem que ser o ápice de tudo o que já foi feito, tem que ter um boom, portanto capriche muito para finalizar magistralmente sua apresentação, e com certeza você será lembrado por muito tempo.


Espero ter ajudado a todos com este pequeno artigo. Volto a lembrar que no item Personagem temos alguns textos anteriormente escritos que irão ajudar e muito a todos vocês.
Não mencionei aqui que além desses passos anteriores o Mágico tem que ter o domínio perfeito e automático dos efeitos a serem apresentados, pois acho que aí seria ensinar o be-a-bá para quem já sabe ler e escrever.

PS: Quero frisar que esses passos demandam muito tempo e dedicação. Não é de um dia para o outro que conseguiremos montar o espetáculo, e sim depois de muito trabalho e lapidação. Portanto mãos a obra!

Agradeço a todos pela atenção e até nosso próximo artigo.

Robson Campos de Abreu (Jago)